Bastam alguns minutos com a prefeita de Fernandes Pinheiro, Cleonice Aparecida Kufener Schuck, para perceber que os seus maiores objetivos são promover o bem-estar das pessoas e o desenvolvimento econômico do Município – desde que melhore a qualidade de vida das pessoas. Seus programas à frente do Executivo Municipal e as suas atitudes pessoais mostram isso muito bem.

Durante meados de fevereiro a 12 de março, quem ligasse para a Prefeitura receberia a informação de que ela estava em férias. E era verdade. Mas, ela pediu as férias para ficar ao lado de um bebê da comunidade que necessitava de cuidados especiais. A criança, nascida prematura no último mês de outubro, apresentava problemas graves de saúde e estava com a vida em risco. A prefeita, integrante do Programa Família Acolhedora, do Governo Federal, afastou-se do cargo e viajou a Curitiba, onde acompanha a criança no Hospital Pequeno Príncipe. Terminados os 30 dias, e com o tratamento em curso, a prefeita encaminhou pedido de licença sem remuneração por mais um mês, período necessário para uma cirurgia e os cuidados pós-operatórios, indispensáveis à criança.

Nesse período, o seu maior aliado é o telefone celular. “Estou distante, mas não estou longe das pessoas da minha cidade. Acompanho a administração e tomo as decisões necessárias no dia a dia, por telefone e por e-mail. Estou sempre com os meus cidadãos e ao lado deles”, enfatiza.

FAMÍLIA ACOLHEDORA - O ‘Família Acolhedora’ é um serviço que organiza o acolhimento de crianças e adolescentes, afastados do convívio da família de origem por meio de medida protetiva, e os coloca em outras famílias, que os protegem. O Município de Fernandes Pinheiro é o primeiro da sua Microrregião com o Programa em pleno funcionamento.

Os cuidados com as pessoas permeiam toda a Administração Municipal. Ao falar sobre promover o desenvolvimento econômico, Cleonice vincula as ações à melhoria da qualidade de vida, com a implantação de infraestrutura – o que inclui pavimentação, reformas nas Escolas e nos Postos de Saúde. Mas destina recursos para o saneamento, atendimento à saúde, habitação, atenção às famílias e à convivência familiar, para a qualificação profissional e a geração de emprego e renda. “Temos diversos programas, sempre com o foco nas pessoas, para promover a autoestima e o orgulho de viver no Município e de colaborar para melhorar a vida de todos”, afirma.

Na área da Saúde, Fernandes Pinheiro tem programas contra o tabagismo; Campanha de Combate à Dengue; Programas de Atendimento à Melhor Idade;  Viver Saudável, para orientar crianças nas escolas e adultos sobre nutrição e no aproveitamento do que há em casa para a alimentação saudável; o Criança Feliz, para gestantes e crianças até seis anos; os Grupos de Convivência de apoio a crianças e famílias e, é claro, o Família Acolhedora. “Estamos fazendo a primeira linha coletora de esgotos do Município e, temos já em funcionamento, o programa que garante sessões de fisioterapia nas casas das pessoas, quando há restrição de locomoção”, comemora.

Na preservação do meio ambiente o segmento aliado é o da educação. Com o Programa Lixo que Vira Livro, as crianças entregam lixo reciclável, recebem livros e são estimuladas à leitura.

À preocupação com a geração de renda, Cleonice acrescenta cuidados com a saúde das crianças. “Damos uma atenção muito grande à merenda escolar, ao equilíbrio nutricional, sempre com alimentos de boa qualidade e produzidos por pequenos agricultores do próprio Município”, diz.

Outros programas criam ambientes favoráveis à melhoria das condições financeiras das famílias. É o caso do ‘Plantão do Futuro’, que distribui mudas de erva mate para criar uma nova atividade econômica, além de mudas de pinus e eucalipto, para a produção de lenha; cursos em parcerias com o Senar para a formação em panificação, confeitaria, geleias, conservas e aproveitamento de alimentos; em apoio aos produtores de leite, apoio para a inseminação artificial para a melhoria do rebanho; para os agricultores, a parceria no transporte de calcário.

No final do seu primeiro mandato e aos 51 anos, Cleonice Aparecida Kufener Schuck diz que tem mais para contar; mas, gentilmente, pediu licença, uma vez que a enfermeira a chamava para conversar. A entrevista foi por telefone.